quinta-feira, 27 de março de 2014

Estudo: Geração sem face

GERAÇÃO SEM FACE
               



     O que você imagina ao ler o título “Geração sem face”?
     E se você ouvisse aquele louvor que diz “... e como os serafins que cobrem o rosto ante a Ti, escondo o rosto pra que vejam Tua face em mim...” ♪ Agora, consegue pensar no que significa “Geração sem face”?



     Podemos arriscar algumas coisas, já que a nossa própria companhia tem uma dessas palavras no nome: GERAÇÃO ELEITA, que significa um grupo escolhido, separado por Deus para anunciar suas maravilhas, como encontramos no texto bíblico de 1Pe 2.9.

    Gisela Matos, líder do Ministério Dança Pelas Nações usa esse termo em seu livro Profetas da Dança (2013), mas se referindo à Dança do Arrependimento das Nações. Aqui nossa intenção é aproveitar esse termo e conversar sobre um assunto que sempre fará parte da vida daqueles que ministram com arte: a necessidade de ser visto, de ser reconhecido.

    Isso ocorre muito, seja consciente ou inconscientemente. São em pequenas ações, num comportamento despercebido, que acabamos caindo nesse tipo de situação: quando nos envaidecemos com elogios, quando afirmamos que uma coreografia é nossa por isso tem que ser de tal jeito, quando guardamos para nós o que aprendemos, quando queremos sempre estar na frente na formação, quando nos julgamos melhores pelo tempo de ministério, por fazer aulas de dança, de teatro, ou por tocar cinco instrumentos diferentes...


Mostra Caminhos: vaidade
Não percebemos, mas numa fração de segundo, podemos agir desta forma, esquecendo que toda boa dádiva e todo dom perfeito vem de Deus! Tg 1.17.
Temos de admitir que essas coisas provam nossa vida cristã, e comprometem o trabalho do grupo, mas sempre há uma saída. Temos que fazer o exercício de nos examinar constantemente, pedir a ajuda de Deus em 




 sua graça e misericórdia, para não deixar que a Sua palavra fique atrás da coreografia, do figurino, da poesia, da música, do texto teatral.

    A Geração sem face é aquela que não quer reconhecimento, é aquela que a cada dia tem se conscientizado que “o que semeais não nasce, se primeiro não morrer...” 1Co 15.36.

    Na primeira aula de Dança Ministerial desse ano (ver post sobre Volta às aulas) da Geração Eleita, a professora Denise Zamboni aplicou o estudo “Escapando da cilada de querer ser visto, ouvido e conhecido”, tratando de assuntos como o que estamos discutindo aqui, através de algumas questões:

As minhas apresentações são para serem notadas por todos?


O que as pessoas pensam a meu respeito torna-se minha razão de vida?


Se eu não puder exercer minha arte, qual será, então, a razão da minha existência?

    São perguntas importantes que nos trazem para o foco do “artista” de Deus e que rendem um bom momento de conversa e reflexão com seu grupo.

    Muitas vezes criamos uma identidade que está vincula ao palco. Palco está ligado a elogios, pompas, aplausos, ego e reconhecimento. Já o altar, está ligado a compromisso, santidade, excelência, temor a Deus. Assim, podemos deduzir que o legal é termos uma vida de altar, que possa ser reconhecida inclusive nos palcos. Afinal, devemos ver os palcos como um instrumento para que Jesus, através de seu Espírito Santo, convide as pessoas a ter uma vida de altar!

1ª aula de Dança Ministerial de 2014
    Às vezes não percebemos que não é só querer entrar para um dos grupos da igreja, é necessário morrer primeiro, morrer e nascer com Deus, até porque, quando vivemos com Ele, novos comportamentos são exigidos, é preciso uma revisão de vida que vai incidir no “caráter do ministro”. Por isso, é importante parar na correria do dia a dia e fazer algumas coisas:

Ler a bíblia, pois nela sempre encontramos textos que nos ensinam, nos exortam e nos direcionam;

Imitar a Jesus, pensando no quê Jesus faria. Essa pergunta é essencial! Jesus nunca se envaideceu em suas obras, nunca precisou de platéia, somente anunciou o que seu Pai queria que anunciasse, nunca se sentiu melhor que os outros e ainda compartilhou seus saberes. Pense nisso sempre: O QUE JESUS FARIA NESSA SITUAÇÃO? Jesus é o maior exemplo do que significa ser um SERVO.

Orar! Sim, orar! Aliás, esta deveria ser a primeira das ações, pois a oração é nosso contato direto com Deus por meio de seu filho Jesus Cristo. Sempre orar nos ensaios, antes das ministrações e apresentações, e após, para agradecer a Deus por ter te usado através do Seu Espírito Santo.

Tratar de temas que vão ao encontro dessas situações de “querer ser visto” com seu grupo, em forma de estudos, trazendo embasamento de textos bíblicos.

    Fique com as palavras de Gisela Matos, do livro Profetas da Dança (2013, p. 57-58):

“Se você faz parte dessa geração de ministros que Deus quer levantar, uma geração sem face que não se preocupa em aparecer, mas quer que Jesus apareça, uma geração que se humilha na presença dEle, que não busca reconhecimento de homens, que busca o Senhor incansavelmente, uma geração insaciável, que sempre quer mais e mais, pois Ele é infinito, faça comigo essa oração:


Senhor, nem todos os passos de dança, por mais bonitos e perfeitos que sejam, podem tocar o Teu coração, uma coreografia bonita emociona o homem, tira aplausos do homem, mas Senhor, nós queremos tocar o Seu coração, queremos aprender a dançar Contigo, queremos dançar para o Senhor. Por isso Deus, dá-nos um coração quebrantado, apaixonado, humilde, pois a Tua palavra declara que o Senhor se afasta do soberbo, mas dá graça ao humilde (Tg. 4.6). E somente com um coração quebrantado e humilde, que através de nossa dança a Sua presença vai tocar as vidas, não somos nós mas o Senhor, precisamos sumir na Sua presença, nos esvaziar, para que o Senhor venha nos encher, e assim possamos transbordar os rios de água viva que brotam do Teu trono. Amém.


[...] Um grande prédio não começa a ser construído de cima para baixo, mas começa da fundação, é interessante que ninguém vê a fundação. Se ela não for forte, por mais belo que o prédio seja, ele vai cair. Assim também nós precisamos morrer primeiro para as nossas vontades, para que Cristo habite em nós. Precisamos de uma boa fundação para que nosso ministério não seja vazio, não tenha só beleza exterior. Essa fundação é preparada com uma vida de oração e leitura da Palavra, no lugar secreto onde ninguém vê (Mt 6.5-7), mas Deus vê, só dessa forma vamos estar firmes na rocha que é Jesus, e prontos para entender a unção que Ele quer liberar para os nossos ministérios.”

     Então é isso queridos, se vocês sentirem que precisam ministrar sobre este tema na sua igreja ou em outros locais, há dois louvores lindos, que em sua letra expressam tudo que conversamos aqui e que servem como oração: Brilhar por ti – Leonardo Gonçalves e Tua graça me Basta – Toque no Altar. Medite nessas letras.


     Fiquem na paz de Cristo! Se você gostou, comente, compartilhe, use em seu ministério!







Equipe Geração Eleita

REFERÊNCIA:
MATOS, Gisela Morandi Kohl. Profetas da Dança. Ed. Contagem: MG. 10 ed. 2013.

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